“Governo da República reagiu tarde na crise do leite”, lembrou Carlos César

PS Açores - 13 de setembro, 2015
O cabeça de lista do PS/Açores às próximas eleições legislativas, Carlos César, sublinhou que o Governo da República da responsabilidade do PSD e do CDS-PP reagiu tarde à crise do leite, defendendo medidas urgentes de reforço de apoios ao setor. Carlos César lamentou a “resposta tardia demais do Governo da República do PSD e do CDS/PP, quando as questões que tinham a ver sobretudo com as dificuldades introduzidas pelo embargo russo já desenhavam o perfil de uma crise que teria repercussões no preço do leite e no rendimento dos agricultores”. “Até o próprio Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia foi desencadeado, não por iniciativa do Governo Português, que tinha boas razões para o fazer, mas pela própria presidência da União Europeia”, recordou o candidato socialista pelos Açores. Carlos César explicou que “o entendimento do Partido Socialista é que o Governo da República deve, desde já, tomar medidas que vão desde a afetação de um envelope financeiro destinado a apoiar reformas antecipadas, até ao reforço de todos os instrumentos disponíveis, como o POSEI. Este programa já apoia produções como o chá, a beterraba ou a vinha, mas para ser eficaz na produção do leite e no apoio aos agricultores e lavradores, precisa de ter um envelope reforçado e redirecionado. Não podemos tirar do mesmo programa aquilo que se destina, numa dimensão maior, a acudir a estes problemas”. “As questões que agora se colocam são várias e exigem um compromisso e medidas imediatas, sem ter que esperar pelas eleições. Aquilo que eu espero é que sejam tomadas decisões claras de apoio aos nossos lavradores e aos nossos produtores de leite, à nossa indústria, antes das eleições. Mas se não for, cá estaremos para, em coordenação com o Primeiro-Ministro, com o Dr. António Costa, resolvermos estes problemas de forma rápida. Não podemos esperar mais tempo porque os nossos produtores, as nossas explorações agrícolas, estão numa situação de grande dificuldade, no limite. E o Governo Regional não se pode substituir a fundos que compete ao Governo da República angariar e consolidar, junto da União Europeia”, frisou o candidato do PS à Assembleia da República, Carlos César.